quarta-feira, 19 de outubro de 2011

FUTEBOL: Esporte ou movimento social?

Neste período de pré-Copa do Mundo no Brasil, não poderia deixar de dar minha opinião sobre o esporte que eu mais gosto: FUTEBOL. Com tanta disputa entre as cidades-sede, para ver quem é que vai fazer a abertura do torneio, diante de inúmeros casos de irregularidade que estamos vendo no esporte brasileiro, não devemos, é claro, nos esquecer destes problemas. Temos que exercer a nossa cidadania e reprovar estes atos. Porém, não é correto associar estas situações ao esporte em si, "marginalizando" o FUTEBOL, que é o tema em questão. Logo, apresento a você este pequeno texto, feito em uma oficina de língua portuguesa, e que apresenta um ponto de vista mais lúdico e social acerca do esporte número um dos brasileiros. Boa leitura:


           Com o formato original oriundo da Inglaterra e com diversas civilizações antigas praticando um esporte semelhante ao atual, o futebol tornou-se, hoje, o esporte mais popular da Terra. Com mais de 250 milhões de membros registrados, sendo que, aproximadamente, 30 milhões são mulheres, tal desporto atinge, em todo o planeta, um bilhão de pessoas. Nessa contagem, estão inclusas, além dos atletas, seus amigos, familiares, fãs e as torcidas apaixonadas pelos clubes. Tendo mais componentes que a própria ONU, com mais de 205 membros, a Federação Internacional de Futebol Associação (FIFA), órgão máximo que organiza o futebol mundial, ressalta que uma das grandes aceitações da sociedade pelo esporte é o fato dele não fazer restrições de idade, sexo, etnia, religião e classes sociais. Todos são convidados a jogar, sem preconceitos.
            Fundado no ano de 1904, em Paris, a FIFA surgiu para organizar aquele desporto que crescia, com grande intensidade, desde o final do século XIX e início do XX. Os seus fundadores eram todos de origem européia, mas nem por isso os países de outros continentes ficaram ausentes no ingresso de tal órgão. Através de verdadeiros missionários futebolísticos, na maioria deles de origem inglesa, inventores do futebol moderno, a propagação do esporte foi muito positiva. Charles Miller, brasileiro de pais britânicos, que foi criado no Reino Unido, foi o pioneiro na implantação do esporte no Brasil. Apesar de o futebol ter sido inserido no nosso país duas décadas mais tarde que em outros países sul-americanos, como a Argentina, hoje somos conhecidos como “o país do futebol”.
            Será o futebol atrativo apenas em seu caráter de lazer? Atualmente, o esporte mais popular da Terra não está focalizado apenas no quesito distração. Um dos papéis atribuídos a tal entretenimento, nos últimos anos, é formar cidadãos responsáveis por si e pelos outros, que possam viver dignamente e que sejam capazes de ser peças fundamentais para a reconstrução de uma sociedade tão desacreditada. Baseado nesta fórmula de reestruturação, diversos países lançam projetos que visam ao bem estar do mundo através do futebol. Bolívia, Quênia e Tailândia são alguns dos países que a FIFA apresenta ao planeta como a videira que deu bons frutos, oferecendo aos jovens a oportunidade que eles esperavam para sair da miséria, do narcotráfico, entre outros males.
            “Você faz parte de um grupo, aprende a perder. Isso é muito importante (...). E você nunca está sozinho. E este jogo estimula a esperança. Esperança não apenas de se tornar um jogador melhor, mas de se tornar um ser humano melhor”. Joseph Blater, presidente da FIFA, é um dos grandes defensores de que o futebol pode transformar uma pessoa em algo bem melhor após a experiência com o desporto. As lições que o indivíduo tira com a prática deste esporte (trabalho em equipe, aprender a superar as dificuldades através das derrotas, ser perseverante) fazem com que a sociedade se renove, a fim de se tornar melhor para as gerações seguintes. Sendo assim, a filosofia implantada gera a virtude para uma sociedade que anda em crise, e, assim, se torna mais um elemento para a reconstrução do Homem.
            O futebol é o desporto coletivo mais praticado no mundo. É disputado num campo retangular por duas equipes, de onze jogadores em cada lado, que têm como objetivo colocar a bola dentro da meta (gol). Pois esta meta, a cada dia que passa, vai ganhando novos horizontes. Ela está ultrapassando os limites do gramado para agir em países em guerra, com o intuito de promover a paz, assim como a Seleção Brasileira fez no Haití, em 2004, quando aquele país caribenho passava por uma situação deplorável, resultado de uma guerra civil. O futebol também passa a ser uma ferramenta para sensibilizar nossa sociedade, não só quando o assunto é a guerra, mas com desastres naturais também, como no caso do terremoto na cidade de L’Áquila, na Itália. Tanto a Seleção Brasileira quanto a italiana farão jogos beneficentes, com o objetivo de arrecadar doações aos mais prejudicados com a tragédia. Enfim, a partir do apelo global que se encotra na alma deste esporte, o futebol passa a ser mais um elemento de propagação do bem social, com a finalidade de mostrar aos homens que, através da metodologia aplicada a este jogo, podemos criar um mundo melhor. O que surgiu como uma brincadeira pode ser uma das inúmeras soluções para o bem humano.  

Um comentário:

  1. gostei muito da contribuição, pois o futebol é um meio de sociabilidade e de sensibilidade. A nossa vida tem sido afetada com tanta ideologia que nem sempre conseguimos perceber a beleza de praticar um bom esporte... precisamos valorizar a cultura e esporte é cultura, pois, traz alegria e esta no sangue do ser humano. abraço amigo

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